domingo, 12 de julho de 2009

Manhã de Sol...




Hoje, nesta manhã de domingo, dia 12 de Julho de 2009, data que jamais voltará, pois o tempo não volta e nem pára jamais, fiz um passeio muito especial...
Saí a caminhar , sem rumo, sem uma direção pré-determinada... Fui indo, caminhando, curtindo o caminhar, vendo, pensando, pensamento a rolar...
Sentindo o sol da manhã aquecendo minha mente, meu corpo, meu coração e a vida ... que acontece passo- a- passo, dia-a-dia...
O caminhar e o silêncio aquele que fala bastante dentro de nós e que percebe melhor todas as coisas. As vezes o silêncio nós dá grandes lições. Necessário não só falar, não só pensar, mas perceber e sentir o que está em volta de cada um de nós : as grandezas e minúcias do mundo.
Percebi ruas, carros, músicas de todos os tipos, pessoas, falas, assuntos, natureza, certeza, incertezas, instantes, definições... A vida acontecendo nesta manhã de sol...
Chegar, estar, pisar, ver , perceber: areia úmida, criança brincando, pessoas à volta, o embalar do vai e vem do balanço, singelas árvores , caules finos, campo de areia, lago espelho feito de poça d’àgua... Por alguns minutos ali parei, me encantei apreciando o lago espelho formado pela bela poça que a bondosa chuva deixou , dias atrás... Parei, fiquei olhando e pensando e sentindo todos estes acontecimentos anteriores, a chuva que se foi, a poça que deixou, o espelho que se formou, isso para espanto de alguns, que sempre , onde estamos, estão a observar... Só não vale espiar, espiar é feio... Melhor é cuidar cada um de suas vidas, o que já é de bom tamanho e dá bastante trabalho... suas vidas... Os seus próprios caminhares, os seus próprios pensamentos, os seus próprios feitos...isso podem cuidar, até conveniente é que o façam sempre... Vigia-te a ti mesmo ... ótimo ditado !!! Talvez ótimo conselho aos curiosos de plantão...
No espelho d’água um encontro e um encanto... Ali um espelho, efeito maravilhoso, que o reflexo da luz solar faz. Ali, no chão, no espelho , enxerguei o céu azul, duas lindas nuvens brancas, tal qual algodão, caules e copas das miúdas árvores ... Ali no espelho d’àgua estava registrado um quadro interessante, reflexivo, tudo natureza, com certeza... Nada pode escapar a ela. Nem eu, nem meu pensar, nem meu ser, nem a poça imponente e bela da chuva cheia de pingos que a formou, nem a água ali contida, líquido precioso e incolor, nem o fundo dessa poça , nem o globo terrestre que abriga a imagem das nuvens, das árvores, do céu bem azul da abóbada celeste que nossos olhos enxergam e registram. Tudo ligado, conectado no existir, na nossa existência constantemente. Só não vê quem não quer. Olhem quem tem olhos para ver... Sintam quem tem sentidos perfeitos... Digam boas coisas quem tem boca para proferi-las. Quem pode sentir , sinta, assim já fará muito, percebendo as sutilezas de todas as coisas... Se todos conseguissem sentir verdadeiramente as coisas explícitas e implícitas sutis, talvez o mundo pudesse ser diferente, melhor, dando-se maior importância aos sentimentos humanos em detrimento da corrida às aquisições materiais , muitas vezes, vazias de sentido... caminhar errante, errado, imperfeito, grosseiro na lacuna do tempo de existir... nosso tempo, nossa vida!






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